sábado, 27 de outubro de 2018

Quarto de Despejo (Resumo)


Julho de 1955: Carolina mora na favela e tem três filhos para criar, dois meninos e uma menina. Marido nem pensar, a maioria das mulheres na favela apanham de seus maridos, ela não precisa de um, mas a ultima coisa que ela queria mesmo era morar na favela.
                Sua rotina é basicamente ouvir xingamentos de suas vizinhas, ouvir elas reclamarem de seus filhos e até discutirem e baterem neles quando não está. Compra comida, enche suas latas de água, cata papel, mas tem dias que o frio não permite. Sua filha Vera Eunice já está com dois anos não gosta mais de ficar em casa, precisa levar ela nos braços enquanto carrega a trouxa de roupas para lavar na cabeça.
Maio de 1958: A fome maltrata. Vera Eunice já está mais crescidinha agora quando sua mãe lhe carrega ela bajula as mulheres nas ruas, as vezes ganha uns trocados. Os políticos tão safados só aparecem nas favelas em época de eleição, dão algumas coisas e depois que são eleitos se esquecem da favela e fazem cara feia. Não queria comer coisas do lixo mas a fome apertava e não deixa a gente trabalhar, só não pegava carne do lixo porque colocavam veneno para os pobres não comerem. As crianças sempre querem mais, mas doí olhar para a panela e ver que não tem mais.
Junho de 1958: Quando Carolina consegue cozinhar mais de 4 pratos para seus filhos ela se sente feliz, se a grana está pouca ela precisa fingir que não escuta para não ver seus filhos pedindo coisas na rua porque se compra agora não tem o que comer amanhã ou nem tem dinheiro para o ônibus. Fez questão de comprar um tênis para Vera, a menina não gosta de ser pobre, anda precisando dar uma surra nos meninos, pois, andam muito malcriados. Zuza deu uma festa para os favelados que foram felizes da vida achando que iam comer, mas chegando lá só tinha pão e alguns nem pães conseguiram. Cada vez mais tinham mais brigas na favela, os nortistas, os baianos(No livro é usado para qualquer nordestino), normalmente por causa de mulher. As crianças andavam ficando com vermes, e a fome? Apertando.
Julho de 1958: Perto da torneira sempre dá briga e fofoca, Carolina evita ir lá quando tem gente, deixa para pegar água depois. Pensou em internar um de seus filhos, o João, porque tentou abusar da filha da vizinha, mas falaram para ela voltar outro dia, pois, dia 9 era feriado, no mesmo dia apareceu na favela dois meninos que haviam fugido do abrigo, contaram como era horrível lá, instruíram os filhos da dona Carolina a obedecerem. Não quer homens, somente suas crianças e escrever seu diário, está muito velha para essas coisas. Deu briga feia na favela foi necessário até chamar a Radio Patrulha, o Alexandre não aprende mesmo.
Agosto de 1958: Não dão mais bolachas na fabrica, no frigorifico somente ossos, agora tem mais gente catando papel então fica difícil... Mas ganha papel de vez em quando, chegou a subir em um prédio de elevador para ganhar papel, ficou com medo enquanto subia mas na volta a dona do ap pediu para seus filhos lhe acompanharem, encontrou até com um senador no elevador na volta mas agora não tinha medo pois tinha companhia das crianças. A fila da torneira aumenta cada vez mais, os favelados se multiplicavam.
Setembro de 1958: Fome. Sem papel, nem metais, agora tinha um carro que saia coletando antes de coletar o lixo comum, estava mais difícil conseguir dinheiro. Precisou ir no gabinete de investigação por causa do acontecido em Julho, sentiu-se na favela do jeito que a mulher falava com o seu filho.
Outubro de 1958: Foi votar e levou a Vera junto, falaram que não podia levar crianças mas ela não tinha com quem deixar a pequena. Graças as eleições tinha bastante papel na rua para ser catado, o moço que atualmente cuida dos bicos de luz estava querendo aumentar o preço, os moradores não gostaram nem um pouco. Após as eleições os preços também subiram como o da condução, o povo estava revoltado então precisava andar um policial junto.
Novembro de 1958: Ganhou um guarda-roupa velho e um colchão, uma dificuldade para carregar, os homens da light só olhando e nenhum para ajudar. Apareceram uns ciganos na favela mas logo foram embora mas já foi o bastante para deixar um odor ruim por onde passaram. Seus filhos todos alfabetizados, José falava que futuramente seria Sr.José, queria morar em uma casa de alvenaria.
Dezembro de 1958: Um menino chegou embriagado na escola, o coitado só tem 12 anos. É época de natal qualquer carro que passa na favela o povo pensa que é para dar coisas. Carolina chegou a ficar muito doente, pensou até que ia morrer, mas melhorou para a felicidade dos filhos e voltou a sua rotina de sempre. O padre que vive vindo à favela fala que o povo precisa ter filhos, quem tem que ter filhos é os ricos que podem alimentar seus filhos. Ficou amiga de um cigano, ele queria casar-se.
Janeiro de 1959: Chove e a água acaba entrando no barraco porque o papelão do telhado já está podre. O Cigano vai embora da favela mas anda desconfiada que ele fica indo atrás da meninas da região, quando o mesmo voltar vai lhe apresentar a lei.
Fevereiro de 1959: Teve briga feia na favela, de foice, o baiano que deu a foiçada fugiu para a policia não prende-lo e para o outro homem não querer mata-lo, Carolina chegou a encontra-lo fora da favela e insistiu que ele precisava voltar.
Abril de 1959: Não andou escrevendo no diário porque estava desiludida com a vida.
Maio de 1959: Matou o porco que estava engordando, não paravam de aparecer favelados querendo um pedaço, mas deixou bem claro: Não vou dar nem vender, o porco é para os meus filhos! Ficou com medo de invadirem seu barraco. O Pai de Vera deixava dinheiro as vezes pelo juizado para a menina, o repórter chegou a levar Carolina para tirar umas fotos, seu diário seria publicado na revista “O Cruzeiro” bem famosa na época.
Junho de 1959: O pai de Vera veio visita-la porque a menina estava doente, falou com as crianças, deixou dinheiro e foi embora. A matéria na revista começava a circular, os favelados reclamavam do que Carolina havia dito, o Orlando Lopes da luz a odiava, como ela não quis pagar a luz mais o deposito ele cortou lhe a energia. Esperava para receber quando o livro circulasse.
Julho de 1959: Seu filho havia quebrado a vidraça de uma fabrica, a grana continuava sendo pouca mas dessa vez o pai da Vera havia deixado dinheiro no juiz. Teve briga feia do Alexandre com a sua esposa na favela, ela havia deixado cair seu relógio... Carolina foi com a Vera comprar carne, deixou o saco de papel no chão, pediu para sua filha segurar a carne e ela colocou em cima do saco, o cachorro levou embora, hoje vocês não vão comer.
Agosto de 1959: A dona Teresinha veio lhe trazer 500 cruzeiros, era a sua mãe branca! Estava cansada de ocultar o nome do pai da Vera no diário, ele pedia para não escrever seu nome mas as vezes não deixava o dinheiro para a menina e eram só 250 cruzeiros, ele é tão bem de vida! Vieram gravar “Promessinha” (Cidade Ameaçada) na favela e tudo ficou uma bagunça.
Dezembro de 1959: Espero que 1960 seja melhor que 1959.
Janeiro de 1960: Levantei às 5 horas e fui carregar água.

Até a próxima!
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