sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Capitães da Areia (Resumo)


O livro começa com várias cartas enviadas ao jornal da tarde, falando dos tais capitães da areia julgados como as crianças delinquentes que deveriam estar no reformatório, o qual é alvo de criticas também nessas cartas, mas o diretor do local diz que lá é um paraíso de educação.

Sob a lua, num velho trapiche abandonado

O trapiche: Antigamente extremamente movimentado, hoje em dia? A água está longe, a areia dominou a maior parte, vive cheio de ratos que dividem o espaço com os capitães da areia e o que são eles? Crianças abandonadas que vivem do furto comandados por “Pedro Bala”, conhece a Bahia todinha, deixou a antiga chefia para trás, o tal do Raimundo que deu-lhe com a navalha no Pedro, o talho está lá até hoje mas R foi embora.
“Vestidos de farrapos, sujos, semi-esfomeados, agressivos, soltando palavrões e fumando pontas de cigarro, eram, em verdade, os donos da cidade, os que a conheciam  totalmente, os que totalmente a amavam, os seus poetas.”

Noite dos “Capitães da Areia”: Todos têm apelidos, Sem-perna, Gato, Pirulito, Querido-de-Deus, João Grande... O Querido ensina capoeira para os meninos, o Gato não dorme no trapiche, fica na casa de uma moça da vida, pois é muito bonito, estão armando um plano para roubar um chapéu para um gringo, costuma pagar mal, mas prometeu do bom. Sem-perna só queria um carinho, mas é difícil, evita até dormir porque tem pesadelos com a cadeia, fica procurando por alguém para incomodar. João Grande é um menino bom, forte, não é inteligente, mas é forte e protege os demais, o Pirulito reza, aí que ele encontra sua paz todo mundo precisa dela.
Uma criança expulsa dos “Capitães da Areia” ou vai para o grupo do Ezequiel ou para o reformatório, em nenhuma dessas opções a vida é fácil.

Ponto das pitangueiras: Tinham trabalho a fazer, um homem pagou uma grana preta para que os meninos só trocassem um embrulho por outro em uma casa sem serem vistos, distrair cachorro, trepar pela janela, dar um jeito do empregado não ver, tarefa simples para os rapazes.

As luzes do carrossel: Viria um carrossel para cidade, já estava velho, mas continuava sendo um carrossel, dois meninos dos Capitães da Areia trabalhariam no carrossel, entre eles Sem-Pernas  que há muito tempo sonhava com o dia que andaria em um, para ele foi uma grande alegria, chegou até a esquecer das surras que os guardas deram nele. O Padre José Pedro era bem próximo dos Capitães, queria mesmo era dar uma vida melhor para aquelas crianças, mas via que eles não trocariam a liberdade das ruas por nada. Em uma das madrugadas iriam as crianças para o carrossel, levariam gasolina para que funcionasse e todos poderiam desfrutar dessa pequena alegria.

Docas: Pedro Bala foi para as docas, lá conheceu a historia de seu pai que mal se lembrava, o homem havia trabalhado lá, mas foi morto pelos policiais enquanto participava de uma greve por mais direitos para sua classe, falaram que quando Pedro quisesse teria um lugar para o menino nas docas, a essa altura já estava com 15 anos. Perambulando pelas ruas de noite viu uma negra andando sozinha nas ruas vazias, correu atrás dela, com os hormônios a flor da pele ele queria uma menina para jogar no areal. Depois de segura-la e muita discussão descobriu que a mesma era virgem, mas insistiu nesse caso em só por atrás, a menina ao ver que ele a não deixaria em paz e capaz de tirar sua virgindade ali mesmo se ela não concordasse em dar pelo menos a bunda acabou cedendo. Pedro ao depois levar a garota até o final da rua ficou com medo pelo olhar e as palavras de desprezo da menina, correu.

Aventura de Ogum: Pedro precisava ajudar Don’Aninha, a policia havia batido no seu terreiro e levado a imagem de Ogum, ia ser tarefa difícil, avisou no trapiche que se não voltasse estaria no reformatório até conseguir fugir ou buscassem ele, estava uma tempestade terrível mas foi mesmo assim até a delegacia. Correu tudo bem com plano e ele saiu de lá de manhã com a imagem de Ogum, qualquer um adoraria prender o chefe dos capitães da areia, mas ninguém sabia como ele era e a maioria achava que ele era negro.

Deus sorri como um negrinho: Nesse capitulo Pirulito tem vários pensamentos religiosos, antigamente era o mais agressivo do grupo mas após a chegada do Padre foi mudando, até deu a sua navalha novinha para um menino que havia espancado, ele evitava pecar, só roubava para comer e quando Pedro Bala mandava, porque para ele era pecado desobedecer as regras do grupo também.

Família: Precisavam armar um assalto a uma casa, Sem-Pernas iria identificar o local por dentro, como sempre ele iria se passar por órfão para conseguir se infiltrar por uns dias, mas dessa vez foi diferente, em vez de lhe usarem como criado estavam lhe dando amor como se fosse realmente filho da Dona Ester, ele escolheu o nome de Augusto e por coincidência era o mesmo nome do falecido filho da senhora, fato o qual a deixou muito comovida. O menino só precisará de 3 dias para identificar os objetos mais caros e onde ficavam mas acabou ficando por mais alguns dias, nunca havia recebido tanto afeto, mas acabou voltando para os Capitães da Areia, não podia trai-los, uns dias depois acabou até saindo no jornal uma nota de Dona Ester procurando o menino, Sem-Pernas chorou e ficou no seu canto, não aceitou nem sua parte do roubo.

Manhã como um quadro: Pedro Bala e Professor andavam pela cidade, Professor desenhava no giz algumas pessoas que passavam e Pedro recolhia os niqueis que davam pelo trabalho, logo conseguiriam um bom almoço, o último senhor que desenhou queria ajudar, deu até seu cartão, talvez até transformasse o menino em um pintor, mas na volta para o trapiche o menino afirmou para Bala “Dos capitães da areia só pode sair ladrão, ninguém quer saber da gente.”.

Alastrim: Deu epidemia de Alastrim/Varíola na cidade, os casos precisavam ser denunciados, eram levados para o lazareto, a maioria morria... Dos Capitães da Areia dois pegaram, o Almiro e o Boa-Vida, Almiro não queria que levassem ele pro lazareto, não queria morrer, o Padre tentou encobrir o caso, mas acabou sendo denunciado e acabou levando bronca do cônego, não acreditava estar errado, queria ajudar essas crianças, Almiro acabou morrendo. Boa-Vida foi de boa vontade para o lazareto, não queria passar a doença para os outros meninos, voltou depois de uns tempos extremamente magro, mas estava curado.

Destino: Estavam todos desconsolados no “Porta do Mar”, a varíola passou mas agora comentavam as mortes, a tristeza que é ser pobre. Pedro tem o respeito no local, seu pai morreu reivindicando melhores condições para eles.

Noite da grande paz, da grande paz dos teus olhos

Filha de bexiguento: Dora tinha seus 13 anos e seu irmão Zé Fuinha 6, seus pais morreram de varíola, foi caçar trabalho na cidade mas ninguém queria uma filha de bexiguento, acabou dando com João Grande e Professor que levaram ela e o irmão pro trapiche. Lá foi uma zona, Pedro não estava e todos queriam avançar na menina, queriam trepar de qualquer forma, João deu uma navalhada em um e Bala chegou erguendo a voz, explicaram a situação e o chefe falou que eles estavam no direito de querer, João protestou que era só uma menina e Pedro reconsiderou, mandou ninguém encostar e avisou Dora que ninguém lhe faria mal mas que ela partiria no dia seguinte, a mesma reclamou e disse que ficaria, poderia ajudar eles.

Dora, mãe: Nesse ponto todos viam a Dora como uma mãe, cada um enxergava sua mãezinha de forma diferente, até Gato sentiu o mesmo quando ela costurou seu paletó e camisa. A menina ouvia as historias de Professor junto dos garotos e se emocionava igual com o heroísmo delas. Volta Seca chegou com um jornal com uma noticia sobre lampião para o Professor ler, tinham pego o grupo de surpresa, o menino ficou furioso, decidiu ir para junto de seu Padrim(Lampião). Bala ainda insistia para que Dora não ficasse no trapiche mas ao ver que ela não estava mais sendo tentação para o pessoal e sim uma mãe, decidiu que ficasse.

Dora, irmã e noiva: A menina agora queria participar das missões dos Capitães, arranjou calças porque o vestido atrapalhava, Bala ficou meio preocupado, a alertou mas ela quis mesmo assim. Pedro ia receber um dinheiro e topou com Ezequiel e mais três, Ezequiel é o chefe de outro grupo de meninos abandonados, bem mais desorganizado, ele proferiu que agora nos capitães tinham uma putinha para todos, Pedro não gostou e deu-lhe um soco, veio os quatro pra cima. Dora cuidou dele no trapiche, o beijou e fugiu, seriam noivos secretamente para que os outros não invejassem, o que não sabiam é que Professor também nutria um amor por Dora. Armaram uma vingança ao grupo de Ezequiel que até a menina foi para a briga, voltaram vitoriosos.

Reformatório: Conseguiram capturar alguns dos Capitães da Areia, dentre eles Pedro Bala que já reconheceram como chefe e Dora, na delegacia ainda Pedro consegue distrair os guardas e os meninos fogem, Dora foi mandada para o orfanato e Pedro para o Reformatório, onde apanhou e muito. Foram 8 dias na cafua isolado dos outros, tomando pouca água e comendo alguns grãos de feijão, um menino vinha lhe dar informações dos Capitães, precisavam que ele saísse da cafua pelo menos. Passado os oito dias não demorou a receber coisas dos capitães e conseguir fugir, logo saiu no jornal o diretor enfurecido.

Orfanato: Dora estava triste no orfanato, ela cresceu no morro depois teve a liberdade com os meninos, não nasceu para ficar presa, vivia com febre. Professor lhe passava bilhetes, não tardou para que fossem busca-la, agora voltavam todos felizes para o trapiche.

Noite de grande paz: Mal voltou Dora mas ainda está com febre, chamaram Don’Aninha para curar a menina, estão todos preocupados e esperando a sua alegria, mas é uma noite de paz.

Dora, esposa: Ainda estão todos preocupados, a febre da menina não vai embora, Dora mandou todos irem dormir, chamou Pedro para perto de si e avisou que já era moça, queria o sentir antes de morrer, Bala recuou de primeira mas ela insistiu, o fez. Na madrugada sentiu que a menina havia morrido, ficou desesperado, uma tristeza inundou o trapiche, chamaram o Padre, Don’Aninha e o Querido-de-Deus, rezavam, não podia haver um enterro entre os Capitães da Areia, era difícil de explicar, mas Querido-de-Deus levaria o corpo no seu saveiro para jogar no mar, viraria santo a menina.

Como uma estrela de loira cabeleira: Contam n ocais da Bahia que quando morre um homem valente vira estrela no céu. Pedro não podia ficar no trapiche, foi nadar, via sua esposa Dora com os braços abertos para ele, há astrônomos que digam que foi um cometa que passou na Bahia naquela noite, mas Pedro sabe que foi sua esposa virando estrela.

Canção da Bahia, canção da liberdade

Vocações: Estavam seguindo caminhos diferentes, Professor decidiu virar pintor no Rio, o Padre foi chamado pelo cônego novamente, mas dessa vez era coisa boa, finalmente ganharia sua paroquia, seria no meio dos cangaceiros, mas isso não o assustava, pirulito seria frade na igreja quem sabe futuramente um padre, Boa-Vida tocava violão pela cidade e quando precisava fugia da policia no trapiche, e assim iam os meninos crescendo.

Canção de amor da vitalina: Fariam um roubo a casa de uma solteirona, Sem-Pernas se infiltrou como sempre, mas nessa casa não foi tratado como trapo e muito menos como filho, ela queria sexo, mas não deixava ser um sexo completo o que enfurecia Sem-Pernas, quando foi embora para o trapiche sabendo onde era guardado o ouro debochou feliz após ter sido feito o roubo.

Na rabada de um trem: Os que partem dessa vez é o Gato e Volta Seca, Gato partiria com Dalva para os cabarés de Ilheus para tentar enriquecer, provavelmente ia dar bom. Volta Seca iria na rabada de um trem encontrar com Lampião, queria fazer parte do bando, tinha apanhado muito dos policias da Bahia, estava com um ódio gigantesco.

Como um trapezista de circo: Foram fazer um roubo audacioso porque era em uma casa em uma rua cheia de guardas, mal entraram o alarme soou, todos saíram correndo mas os guardas foram atrás do Sem-Pernas para tentar pegar pelo menos ele, mas ele não queria ser pego, não aguentava os pesadelos com a prisão, correu o mais rápido que pode. Sem-Pernas se rebenta na montanha qual um trapezista de circo que não tivesse alcançado o outro trapézio.

Noticias de jornal: Saiu no jornal noticias sobre João José (Professor) que estava se dando bem como pintor, sobre o Gato que havia virado um vigarista, Boa-Vida fazendo fuzuê em festa e sendo procurado pela policia e pra terminar sobre Volta Seca estar no grupo do Lampião e matando diversos homens, acabou capturado e condenado a trinta anos de prisão.

Companheiros: Dessa vez ajudariam os grevistas das docas, a greve estava indo perfeitamente bem mas a firma havia contratado fura-greves para trabalhar, então pediram ajuda dos Capitães para resolver esse problema. E de madrugada resolveram, com muita surra.

Os atabaques ressoam como clarins de guerra: Pedro finalmente achou sua vocação, ajudaria nas greves, traria as outras crianças abandonadas para serem grevistas também, queria reivindicar melhorias para os mais pobres, ele queria a verdadeira justiça, João Grande seria marinheiro, se despediu de bala como um gesto de saudação, como um companheiro. Barandão cuidaria dos Capitães da areia que sobraram.

Uma pátria e uma família: Em vários jornais de classe dos quais eram proibidos saiam noticias de Pedro Bala, um militante proletário perseguido pela policia de cinco estados, houve um momento que ele foi preso e todos os trabalhadores ficaram tristes, mas como sempre, ele conseguiu escapar. Porque a revolução é uma pátria e uma família.

Até a próxima!
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