quarta-feira, 1 de julho de 2020

08 - 06 - 2020

Imagem de cromaconceptovisual por Pixabay 
                 Há três meses eu estava indo em lugares que eu nunca tinha ido, pensando em outros cantinhos para visitar, criando outros mil e um cenários na minha cabeça e outras 800 perguntas e cronogramas pra entender a faculdade, era uma rotina diferente e boa que dá prazer, a gente sabe quando tá feliz, né? Eu estaria sendo extremamente falsa se dissesse que não estou feliz agora, o mundo tá um caos tem uma caralhada de movimento explodindo por aí e eu sei que se eu focar nessa parte eu vou entrar em uma parte muito sombria da minha cabecinha e eu realmente não tenho planos para ela agora, eu acompanho tudo na medida limite pra não surtar.


               
Estar em casa me permitindo a ter outras experiências diferentes das que eu achei que eu estaria obtendo nesse momento também possui níveis satisfatórios, pesquisar sobre algo que você nunca tinha tempo, aqueles livros que você quer ler, aquela serie que nunca começou/terminou, aquele jogo que tá mofando na biblioteca da Steam... Nessa altura do campeonato em tempos normais eu estaria atolada de prova e trabalho pra fazer e eu nem experimentei essa situação ainda e já bateu um leve desespero por dentro.

                Às vezes bate uma crise de realidade: Está morrendo gente pra cacete e o nosso país tem uma das piores politicas nesse momento pra lidar com tudo isso, o sentimento de impotência vem, e vem forte, nessas horas você se deixa sentir tudo que puder, descarrega, as vezes se fechar no seu próprio mundinho é o melhor jeito de se proteger de tudo, ninguém tá vivendo a quarentena do jeito errado (Desde que realmente esteja fazendo a quarentena) são só várias bolinhas de sentimentos misturados tentando sobreviver a esse turbilhão de informação.

Texto em áudio:


Até a próxima!

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