sábado, 29 de dezembro de 2018

Ciclo Próximo


            Não é um texto como os outros deste blog mas não deixa de ser especial, é mais dedicado ao meu ciclo próximo de amigos, não é porque você não está nesse texto que você não é importante, mas talvez você seja muito recente, nunca ter lidado com alguma crise minha, só ter lidado com as partes boas não cria tanta proximidade, mas eu realmente espero poder escrever sobre mais pessoas futuramente ♥. Por via das duvidas fiz em ordem alfabética para ninguém reclamar, é isto:




Alexandre – 2014

            EU DEVERIA DIZER MEU APRENDIZ? Não sei dizer exatamente quando a gente começou a conversar mas faz um bom tempo já, as conversas foram sobre desenhos até “Gabs, como eu chego em alguém?” (Que é algo que o pessoal me pergunta até hoje mas eu quase nunca tenho vontade de explicar), não conversamos com tanta frequência mas é assim que eu normalmente lido com as pessoas, raramente eu falo muito. Fiz tu conhecer a Talya e acredito que vocês tão se dando super bem e vivem me endeusando (não estou reclamando, continuem). Enquanto teu cabelo tá ficando enorme eu raspo cada vez mais o meu, mas acredito que o topete sempre vai continuar (Ou não, nunca se sabe, eu sou meio instável), aliás, falamos muito de cabelo, né? Tanto do meu, do teu e do da Talya porque puta que pariu, cabelo é um dos trecos mais maravilhosos que existem, e o que estiver dando para fazer nós vamos fazer. Algo que nos une também é Pokémon, é um fervor toda vez que a Panini finalmente lança algum dos volumes, o que é bem aleatório mas a gente compra mesmo assim porque Pokémon é Pokémon, ainda preciso que tu tenha um 3ds um dia para que a gente possa ficar trocando os bichinhos.




 
Cameron – 2016

Ok, eu tenho que dizer que não é o primeiro texto que eu escrevo pensando em você, mas é o único dedicado sem ficar subentendido. A gente se conheceu em um rolê de meeting e hoje em dia a gente nem quer saber de meeting, mas tudo bem, alguns rolês tem prazo de validade quem sabe um dia a vontade de ir no meeting volta, pessoalmente a gente não conversou muito mas não demorou 5 minutos pra eu te abraçar porque foi a única que não reclamou do meu signo, porém, teu Facebook foi bem fácil de achar por motivos óbvios, e meu deus, nós não temos vergonha na cara.
Mulher, eu te acho incrível, ok, clichê, mas é verdade e eu tinha que escrever isso. Tu foi uma das únicas pessoas que eu já fiquei brigada e não quis simplesmente deletar da minha vida, eu quis e ainda quero por perto. Nós somos diferentes em vários aspectos, como por exemplo: Eu sou levemente viciada em jogos musicais de obstáculo e eu acho que você nem chegou a jogar algum deste tipo (Sério, é muito bom). As coisas já mudaram tanto desde 2016, a gente some durante a semana tu pela faculdade e eu pelo trabalho mas ainda tento trocar umas palavras nesses dias porque não dá pra negar, dá saudade. Ok, eu fui voltar nesse texto e eu nem estou trabalhando mais mas deu para entender, a senhora é importantíssima mesmo demorando 84 anos para responder e tenho saudade de dar mais rolês com você ♥(P.S: As historias que você tem que criar para os trabalhos da faculdade são ótimas).



 

 




Guilherme – 2012

            Ah, puta que pariu, tinha que ser pelo Minecraft? Na verdade foi primeiro pelo Charry mas precisou do Minecraft pra notar a minha existência mas tudo bem. FAZ UMA CARA JÁ, não me arrependo de ter pedido para participar daquela competição no teu canal no youtube (que por acaso tu me colocou lá sendo que já tinha fechado as vagas) porque mesmo que às vezes eu tire as tuas duvidas mais esquisitas eu guardo tua amizade com carinho porque eu sou uma viada, só não me chama pra jogar FPS que eu sou um lixo... Não que eu seja boa nos outros jogos mas pelo menos eu vou um pouco melhor, eu até gravaria um áudio no microfone das casas bahia mas eu nem tenho mais ele para fazer essa zoeira. O Senhor anda mandando tanta foto de pão que eu começo a achar que um dia tu vai ter uma padaria ou algo do tipo... Faz tempo que a gente não joga mas não deixa de ser engraçado toda a vez que tu me chama para jogar, porque a zoeira precisa estar acima de tudo HUEHUEHEU.





Junior – 2009

            Amorzão da minha vida, mesmo que a gente nunca tenha se visto pessoalmente até hoje (Porque você mora em Recife e eu em Florianópolis então fica meio complicado) tu és uma das pessoas mais importantes da minha vida que eu não trocaria por nada, é praticamente a única pessoa que sabe dos meus traumas e me ajuda a lidar com eles, me apoia em tudo que eu decido fazer mesmo que isso acabe mudando algo que eu tinha decidido fazer antes. Nos conhecemos no Habbo(,Caleidoscopio), naquela época eu conheci pessoas maravilhosas mas só continuo falando com você, tenho saudades daquele Pet Shop, do The sims e dos outros joguinhos, a conta ainda existe mas não é mesma magica de quando nos éramos mais novos. O dia que nos vermos eu realmente não consigo imaginar na minha cabeça porque tu é um poste e eu sou quase uma anã mas nada que uma escadinha não resolva ok, mas tu vai precisar vir para Floripa porque acho que se eu for para Recife eu não aguento cinco minutos em pé.


  





Mateus – 2009

            Eu acho que foi em 2009 ou antes, de qualquer forma a gente se conheceu na escola então a gente se via todo dia, nunca chegamos a dar muitos rolês, no máximo dentro do bairro e o único fora do bairro foi quando tu me acompanhou no dia da minha tatuagem, que eu linda e bela decidi fazer em um estúdio do outro lado da ponte com vários outros estúdios pelo caminho. Tinha uma época em que jogávamos mais juntos, alias, eu preciso de tu para pode completar alguns jogos na Steam mas acho que você está precisando trocar de computador antes para isso ser possível, se não vai ficar complicado. E mesmo os rolês que tivemos tenham sido leves eu te considero uma pessoa importante na minha vida, é uma amizade sincera e sem cobranças desnecessárias, não nos vemos tanto quanto antigamente já que já saímos da escola mas cada um está seguindo o seu caminho e hora ou outra comentando sobre, ultimamente a troca de memes no lobos é mais frequentemente mas pelo menos assim o contato não acaba.







Talya – 2010

            Se não é outro amor da minha vida que eu também fico confusa sobre a data mas a gente só aceita mesmo e sorri. Uma das únicas pessoas que me faz ter saudades da época da escola que eu podia te ver todos os dias (E te dar presentinhos aleatórios quando dava vontade). Te levei pra tanto rolê e tu nem reclamava, hoje em dia num pode ir em nenhum mas a gente entende e espera um que tu possa ir (Ou se trombar na Sounds), mas precisamos criar vergonha na cara porque a gente mora praticamente na mesma rua e nunca sai pra se ver, tu pode não jogar nada mas pelo menos nós duas gostamos de ler livros e fics(Já tive minha época, preciso voltar) e sempre me apoia quando to saindo com alguma guria e caso eu quebre a cara sempre me consola depois (Apesar de querer muito que eu namore). Mesmo que a gente já tenha ficado um tempo sem se falar eu acredito que o carinho e a preocupação é a mesma entre as duas.



 


Até a próxima!





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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Capitães da Areia (Resumo)


O livro começa com várias cartas enviadas ao jornal da tarde, falando dos tais capitães da areia julgados como as crianças delinquentes que deveriam estar no reformatório, o qual é alvo de criticas também nessas cartas, mas o diretor do local diz que lá é um paraíso de educação.

Sob a lua, num velho trapiche abandonado

O trapiche: Antigamente extremamente movimentado, hoje em dia? A água está longe, a areia dominou a maior parte, vive cheio de ratos que dividem o espaço com os capitães da areia e o que são eles? Crianças abandonadas que vivem do furto comandados por “Pedro Bala”, conhece a Bahia todinha, deixou a antiga chefia para trás, o tal do Raimundo que deu-lhe com a navalha no Pedro, o talho está lá até hoje mas R foi embora.
“Vestidos de farrapos, sujos, semi-esfomeados, agressivos, soltando palavrões e fumando pontas de cigarro, eram, em verdade, os donos da cidade, os que a conheciam  totalmente, os que totalmente a amavam, os seus poetas.”

Noite dos “Capitães da Areia”: Todos têm apelidos, Sem-perna, Gato, Pirulito, Querido-de-Deus, João Grande... O Querido ensina capoeira para os meninos, o Gato não dorme no trapiche, fica na casa de uma moça da vida, pois é muito bonito, estão armando um plano para roubar um chapéu para um gringo, costuma pagar mal, mas prometeu do bom. Sem-perna só queria um carinho, mas é difícil, evita até dormir porque tem pesadelos com a cadeia, fica procurando por alguém para incomodar. João Grande é um menino bom, forte, não é inteligente, mas é forte e protege os demais, o Pirulito reza, aí que ele encontra sua paz todo mundo precisa dela.
Uma criança expulsa dos “Capitães da Areia” ou vai para o grupo do Ezequiel ou para o reformatório, em nenhuma dessas opções a vida é fácil.

Ponto das pitangueiras: Tinham trabalho a fazer, um homem pagou uma grana preta para que os meninos só trocassem um embrulho por outro em uma casa sem serem vistos, distrair cachorro, trepar pela janela, dar um jeito do empregado não ver, tarefa simples para os rapazes.

As luzes do carrossel: Viria um carrossel para cidade, já estava velho, mas continuava sendo um carrossel, dois meninos dos Capitães da Areia trabalhariam no carrossel, entre eles Sem-Pernas  que há muito tempo sonhava com o dia que andaria em um, para ele foi uma grande alegria, chegou até a esquecer das surras que os guardas deram nele. O Padre José Pedro era bem próximo dos Capitães, queria mesmo era dar uma vida melhor para aquelas crianças, mas via que eles não trocariam a liberdade das ruas por nada. Em uma das madrugadas iriam as crianças para o carrossel, levariam gasolina para que funcionasse e todos poderiam desfrutar dessa pequena alegria.

Docas: Pedro Bala foi para as docas, lá conheceu a historia de seu pai que mal se lembrava, o homem havia trabalhado lá, mas foi morto pelos policiais enquanto participava de uma greve por mais direitos para sua classe, falaram que quando Pedro quisesse teria um lugar para o menino nas docas, a essa altura já estava com 15 anos. Perambulando pelas ruas de noite viu uma negra andando sozinha nas ruas vazias, correu atrás dela, com os hormônios a flor da pele ele queria uma menina para jogar no areal. Depois de segura-la e muita discussão descobriu que a mesma era virgem, mas insistiu nesse caso em só por atrás, a menina ao ver que ele a não deixaria em paz e capaz de tirar sua virgindade ali mesmo se ela não concordasse em dar pelo menos a bunda acabou cedendo. Pedro ao depois levar a garota até o final da rua ficou com medo pelo olhar e as palavras de desprezo da menina, correu.

Aventura de Ogum: Pedro precisava ajudar Don’Aninha, a policia havia batido no seu terreiro e levado a imagem de Ogum, ia ser tarefa difícil, avisou no trapiche que se não voltasse estaria no reformatório até conseguir fugir ou buscassem ele, estava uma tempestade terrível mas foi mesmo assim até a delegacia. Correu tudo bem com plano e ele saiu de lá de manhã com a imagem de Ogum, qualquer um adoraria prender o chefe dos capitães da areia, mas ninguém sabia como ele era e a maioria achava que ele era negro.

Deus sorri como um negrinho: Nesse capitulo Pirulito tem vários pensamentos religiosos, antigamente era o mais agressivo do grupo mas após a chegada do Padre foi mudando, até deu a sua navalha novinha para um menino que havia espancado, ele evitava pecar, só roubava para comer e quando Pedro Bala mandava, porque para ele era pecado desobedecer as regras do grupo também.

Família: Precisavam armar um assalto a uma casa, Sem-Pernas iria identificar o local por dentro, como sempre ele iria se passar por órfão para conseguir se infiltrar por uns dias, mas dessa vez foi diferente, em vez de lhe usarem como criado estavam lhe dando amor como se fosse realmente filho da Dona Ester, ele escolheu o nome de Augusto e por coincidência era o mesmo nome do falecido filho da senhora, fato o qual a deixou muito comovida. O menino só precisará de 3 dias para identificar os objetos mais caros e onde ficavam mas acabou ficando por mais alguns dias, nunca havia recebido tanto afeto, mas acabou voltando para os Capitães da Areia, não podia trai-los, uns dias depois acabou até saindo no jornal uma nota de Dona Ester procurando o menino, Sem-Pernas chorou e ficou no seu canto, não aceitou nem sua parte do roubo.

Manhã como um quadro: Pedro Bala e Professor andavam pela cidade, Professor desenhava no giz algumas pessoas que passavam e Pedro recolhia os niqueis que davam pelo trabalho, logo conseguiriam um bom almoço, o último senhor que desenhou queria ajudar, deu até seu cartão, talvez até transformasse o menino em um pintor, mas na volta para o trapiche o menino afirmou para Bala “Dos capitães da areia só pode sair ladrão, ninguém quer saber da gente.”.

Alastrim: Deu epidemia de Alastrim/Varíola na cidade, os casos precisavam ser denunciados, eram levados para o lazareto, a maioria morria... Dos Capitães da Areia dois pegaram, o Almiro e o Boa-Vida, Almiro não queria que levassem ele pro lazareto, não queria morrer, o Padre tentou encobrir o caso, mas acabou sendo denunciado e acabou levando bronca do cônego, não acreditava estar errado, queria ajudar essas crianças, Almiro acabou morrendo. Boa-Vida foi de boa vontade para o lazareto, não queria passar a doença para os outros meninos, voltou depois de uns tempos extremamente magro, mas estava curado.

Destino: Estavam todos desconsolados no “Porta do Mar”, a varíola passou mas agora comentavam as mortes, a tristeza que é ser pobre. Pedro tem o respeito no local, seu pai morreu reivindicando melhores condições para eles.

Noite da grande paz, da grande paz dos teus olhos

Filha de bexiguento: Dora tinha seus 13 anos e seu irmão Zé Fuinha 6, seus pais morreram de varíola, foi caçar trabalho na cidade mas ninguém queria uma filha de bexiguento, acabou dando com João Grande e Professor que levaram ela e o irmão pro trapiche. Lá foi uma zona, Pedro não estava e todos queriam avançar na menina, queriam trepar de qualquer forma, João deu uma navalhada em um e Bala chegou erguendo a voz, explicaram a situação e o chefe falou que eles estavam no direito de querer, João protestou que era só uma menina e Pedro reconsiderou, mandou ninguém encostar e avisou Dora que ninguém lhe faria mal mas que ela partiria no dia seguinte, a mesma reclamou e disse que ficaria, poderia ajudar eles.

Dora, mãe: Nesse ponto todos viam a Dora como uma mãe, cada um enxergava sua mãezinha de forma diferente, até Gato sentiu o mesmo quando ela costurou seu paletó e camisa. A menina ouvia as historias de Professor junto dos garotos e se emocionava igual com o heroísmo delas. Volta Seca chegou com um jornal com uma noticia sobre lampião para o Professor ler, tinham pego o grupo de surpresa, o menino ficou furioso, decidiu ir para junto de seu Padrim(Lampião). Bala ainda insistia para que Dora não ficasse no trapiche mas ao ver que ela não estava mais sendo tentação para o pessoal e sim uma mãe, decidiu que ficasse.

Dora, irmã e noiva: A menina agora queria participar das missões dos Capitães, arranjou calças porque o vestido atrapalhava, Bala ficou meio preocupado, a alertou mas ela quis mesmo assim. Pedro ia receber um dinheiro e topou com Ezequiel e mais três, Ezequiel é o chefe de outro grupo de meninos abandonados, bem mais desorganizado, ele proferiu que agora nos capitães tinham uma putinha para todos, Pedro não gostou e deu-lhe um soco, veio os quatro pra cima. Dora cuidou dele no trapiche, o beijou e fugiu, seriam noivos secretamente para que os outros não invejassem, o que não sabiam é que Professor também nutria um amor por Dora. Armaram uma vingança ao grupo de Ezequiel que até a menina foi para a briga, voltaram vitoriosos.

Reformatório: Conseguiram capturar alguns dos Capitães da Areia, dentre eles Pedro Bala que já reconheceram como chefe e Dora, na delegacia ainda Pedro consegue distrair os guardas e os meninos fogem, Dora foi mandada para o orfanato e Pedro para o Reformatório, onde apanhou e muito. Foram 8 dias na cafua isolado dos outros, tomando pouca água e comendo alguns grãos de feijão, um menino vinha lhe dar informações dos Capitães, precisavam que ele saísse da cafua pelo menos. Passado os oito dias não demorou a receber coisas dos capitães e conseguir fugir, logo saiu no jornal o diretor enfurecido.

Orfanato: Dora estava triste no orfanato, ela cresceu no morro depois teve a liberdade com os meninos, não nasceu para ficar presa, vivia com febre. Professor lhe passava bilhetes, não tardou para que fossem busca-la, agora voltavam todos felizes para o trapiche.

Noite de grande paz: Mal voltou Dora mas ainda está com febre, chamaram Don’Aninha para curar a menina, estão todos preocupados e esperando a sua alegria, mas é uma noite de paz.

Dora, esposa: Ainda estão todos preocupados, a febre da menina não vai embora, Dora mandou todos irem dormir, chamou Pedro para perto de si e avisou que já era moça, queria o sentir antes de morrer, Bala recuou de primeira mas ela insistiu, o fez. Na madrugada sentiu que a menina havia morrido, ficou desesperado, uma tristeza inundou o trapiche, chamaram o Padre, Don’Aninha e o Querido-de-Deus, rezavam, não podia haver um enterro entre os Capitães da Areia, era difícil de explicar, mas Querido-de-Deus levaria o corpo no seu saveiro para jogar no mar, viraria santo a menina.

Como uma estrela de loira cabeleira: Contam n ocais da Bahia que quando morre um homem valente vira estrela no céu. Pedro não podia ficar no trapiche, foi nadar, via sua esposa Dora com os braços abertos para ele, há astrônomos que digam que foi um cometa que passou na Bahia naquela noite, mas Pedro sabe que foi sua esposa virando estrela.

Canção da Bahia, canção da liberdade

Vocações: Estavam seguindo caminhos diferentes, Professor decidiu virar pintor no Rio, o Padre foi chamado pelo cônego novamente, mas dessa vez era coisa boa, finalmente ganharia sua paroquia, seria no meio dos cangaceiros, mas isso não o assustava, pirulito seria frade na igreja quem sabe futuramente um padre, Boa-Vida tocava violão pela cidade e quando precisava fugia da policia no trapiche, e assim iam os meninos crescendo.

Canção de amor da vitalina: Fariam um roubo a casa de uma solteirona, Sem-Pernas se infiltrou como sempre, mas nessa casa não foi tratado como trapo e muito menos como filho, ela queria sexo, mas não deixava ser um sexo completo o que enfurecia Sem-Pernas, quando foi embora para o trapiche sabendo onde era guardado o ouro debochou feliz após ter sido feito o roubo.

Na rabada de um trem: Os que partem dessa vez é o Gato e Volta Seca, Gato partiria com Dalva para os cabarés de Ilheus para tentar enriquecer, provavelmente ia dar bom. Volta Seca iria na rabada de um trem encontrar com Lampião, queria fazer parte do bando, tinha apanhado muito dos policias da Bahia, estava com um ódio gigantesco.

Como um trapezista de circo: Foram fazer um roubo audacioso porque era em uma casa em uma rua cheia de guardas, mal entraram o alarme soou, todos saíram correndo mas os guardas foram atrás do Sem-Pernas para tentar pegar pelo menos ele, mas ele não queria ser pego, não aguentava os pesadelos com a prisão, correu o mais rápido que pode. Sem-Pernas se rebenta na montanha qual um trapezista de circo que não tivesse alcançado o outro trapézio.

Noticias de jornal: Saiu no jornal noticias sobre João José (Professor) que estava se dando bem como pintor, sobre o Gato que havia virado um vigarista, Boa-Vida fazendo fuzuê em festa e sendo procurado pela policia e pra terminar sobre Volta Seca estar no grupo do Lampião e matando diversos homens, acabou capturado e condenado a trinta anos de prisão.

Companheiros: Dessa vez ajudariam os grevistas das docas, a greve estava indo perfeitamente bem mas a firma havia contratado fura-greves para trabalhar, então pediram ajuda dos Capitães para resolver esse problema. E de madrugada resolveram, com muita surra.

Os atabaques ressoam como clarins de guerra: Pedro finalmente achou sua vocação, ajudaria nas greves, traria as outras crianças abandonadas para serem grevistas também, queria reivindicar melhorias para os mais pobres, ele queria a verdadeira justiça, João Grande seria marinheiro, se despediu de bala como um gesto de saudação, como um companheiro. Barandão cuidaria dos Capitães da areia que sobraram.

Uma pátria e uma família: Em vários jornais de classe dos quais eram proibidos saiam noticias de Pedro Bala, um militante proletário perseguido pela policia de cinco estados, houve um momento que ele foi preso e todos os trabalhadores ficaram tristes, mas como sempre, ele conseguiu escapar. Porque a revolução é uma pátria e uma família.

Até a próxima!
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sábado, 27 de outubro de 2018

Quarto de Despejo (Resumo)


Julho de 1955: Carolina mora na favela e tem três filhos para criar, dois meninos e uma menina. Marido nem pensar, a maioria das mulheres na favela apanham de seus maridos, ela não precisa de um, mas a ultima coisa que ela queria mesmo era morar na favela.
                Sua rotina é basicamente ouvir xingamentos de suas vizinhas, ouvir elas reclamarem de seus filhos e até discutirem e baterem neles quando não está. Compra comida, enche suas latas de água, cata papel, mas tem dias que o frio não permite. Sua filha Vera Eunice já está com dois anos não gosta mais de ficar em casa, precisa levar ela nos braços enquanto carrega a trouxa de roupas para lavar na cabeça.
Maio de 1958: A fome maltrata. Vera Eunice já está mais crescidinha agora quando sua mãe lhe carrega ela bajula as mulheres nas ruas, as vezes ganha uns trocados. Os políticos tão safados só aparecem nas favelas em época de eleição, dão algumas coisas e depois que são eleitos se esquecem da favela e fazem cara feia. Não queria comer coisas do lixo mas a fome apertava e não deixa a gente trabalhar, só não pegava carne do lixo porque colocavam veneno para os pobres não comerem. As crianças sempre querem mais, mas doí olhar para a panela e ver que não tem mais.
Junho de 1958: Quando Carolina consegue cozinhar mais de 4 pratos para seus filhos ela se sente feliz, se a grana está pouca ela precisa fingir que não escuta para não ver seus filhos pedindo coisas na rua porque se compra agora não tem o que comer amanhã ou nem tem dinheiro para o ônibus. Fez questão de comprar um tênis para Vera, a menina não gosta de ser pobre, anda precisando dar uma surra nos meninos, pois, andam muito malcriados. Zuza deu uma festa para os favelados que foram felizes da vida achando que iam comer, mas chegando lá só tinha pão e alguns nem pães conseguiram. Cada vez mais tinham mais brigas na favela, os nortistas, os baianos(No livro é usado para qualquer nordestino), normalmente por causa de mulher. As crianças andavam ficando com vermes, e a fome? Apertando.
Julho de 1958: Perto da torneira sempre dá briga e fofoca, Carolina evita ir lá quando tem gente, deixa para pegar água depois. Pensou em internar um de seus filhos, o João, porque tentou abusar da filha da vizinha, mas falaram para ela voltar outro dia, pois, dia 9 era feriado, no mesmo dia apareceu na favela dois meninos que haviam fugido do abrigo, contaram como era horrível lá, instruíram os filhos da dona Carolina a obedecerem. Não quer homens, somente suas crianças e escrever seu diário, está muito velha para essas coisas. Deu briga feia na favela foi necessário até chamar a Radio Patrulha, o Alexandre não aprende mesmo.
Agosto de 1958: Não dão mais bolachas na fabrica, no frigorifico somente ossos, agora tem mais gente catando papel então fica difícil... Mas ganha papel de vez em quando, chegou a subir em um prédio de elevador para ganhar papel, ficou com medo enquanto subia mas na volta a dona do ap pediu para seus filhos lhe acompanharem, encontrou até com um senador no elevador na volta mas agora não tinha medo pois tinha companhia das crianças. A fila da torneira aumenta cada vez mais, os favelados se multiplicavam.
Setembro de 1958: Fome. Sem papel, nem metais, agora tinha um carro que saia coletando antes de coletar o lixo comum, estava mais difícil conseguir dinheiro. Precisou ir no gabinete de investigação por causa do acontecido em Julho, sentiu-se na favela do jeito que a mulher falava com o seu filho.
Outubro de 1958: Foi votar e levou a Vera junto, falaram que não podia levar crianças mas ela não tinha com quem deixar a pequena. Graças as eleições tinha bastante papel na rua para ser catado, o moço que atualmente cuida dos bicos de luz estava querendo aumentar o preço, os moradores não gostaram nem um pouco. Após as eleições os preços também subiram como o da condução, o povo estava revoltado então precisava andar um policial junto.
Novembro de 1958: Ganhou um guarda-roupa velho e um colchão, uma dificuldade para carregar, os homens da light só olhando e nenhum para ajudar. Apareceram uns ciganos na favela mas logo foram embora mas já foi o bastante para deixar um odor ruim por onde passaram. Seus filhos todos alfabetizados, José falava que futuramente seria Sr.José, queria morar em uma casa de alvenaria.
Dezembro de 1958: Um menino chegou embriagado na escola, o coitado só tem 12 anos. É época de natal qualquer carro que passa na favela o povo pensa que é para dar coisas. Carolina chegou a ficar muito doente, pensou até que ia morrer, mas melhorou para a felicidade dos filhos e voltou a sua rotina de sempre. O padre que vive vindo à favela fala que o povo precisa ter filhos, quem tem que ter filhos é os ricos que podem alimentar seus filhos. Ficou amiga de um cigano, ele queria casar-se.
Janeiro de 1959: Chove e a água acaba entrando no barraco porque o papelão do telhado já está podre. O Cigano vai embora da favela mas anda desconfiada que ele fica indo atrás da meninas da região, quando o mesmo voltar vai lhe apresentar a lei.
Fevereiro de 1959: Teve briga feia na favela, de foice, o baiano que deu a foiçada fugiu para a policia não prende-lo e para o outro homem não querer mata-lo, Carolina chegou a encontra-lo fora da favela e insistiu que ele precisava voltar.
Abril de 1959: Não andou escrevendo no diário porque estava desiludida com a vida.
Maio de 1959: Matou o porco que estava engordando, não paravam de aparecer favelados querendo um pedaço, mas deixou bem claro: Não vou dar nem vender, o porco é para os meus filhos! Ficou com medo de invadirem seu barraco. O Pai de Vera deixava dinheiro as vezes pelo juizado para a menina, o repórter chegou a levar Carolina para tirar umas fotos, seu diário seria publicado na revista “O Cruzeiro” bem famosa na época.
Junho de 1959: O pai de Vera veio visita-la porque a menina estava doente, falou com as crianças, deixou dinheiro e foi embora. A matéria na revista começava a circular, os favelados reclamavam do que Carolina havia dito, o Orlando Lopes da luz a odiava, como ela não quis pagar a luz mais o deposito ele cortou lhe a energia. Esperava para receber quando o livro circulasse.
Julho de 1959: Seu filho havia quebrado a vidraça de uma fabrica, a grana continuava sendo pouca mas dessa vez o pai da Vera havia deixado dinheiro no juiz. Teve briga feia do Alexandre com a sua esposa na favela, ela havia deixado cair seu relógio... Carolina foi com a Vera comprar carne, deixou o saco de papel no chão, pediu para sua filha segurar a carne e ela colocou em cima do saco, o cachorro levou embora, hoje vocês não vão comer.
Agosto de 1959: A dona Teresinha veio lhe trazer 500 cruzeiros, era a sua mãe branca! Estava cansada de ocultar o nome do pai da Vera no diário, ele pedia para não escrever seu nome mas as vezes não deixava o dinheiro para a menina e eram só 250 cruzeiros, ele é tão bem de vida! Vieram gravar “Promessinha” (Cidade Ameaçada) na favela e tudo ficou uma bagunça.
Dezembro de 1959: Espero que 1960 seja melhor que 1959.
Janeiro de 1960: Levantei às 5 horas e fui carregar água.

Até a próxima!
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sábado, 29 de setembro de 2018

Melhores Contos Lygia Fagundes Telles (Resumo)



1 – 10: Introdução por Eduardo Portella, pode ser resumida por “As “ficções” de Lygia Fagundes Telles irrompem da realidade. Porque são reais, são fantásticas e verossímeis a uma só vez.”.
11 – 19: Começamos com um conto sobre 2 irmãos que perderam a mãe, o mais velho(Rodolfo) com muita inveja da perfeição do seu irmão mais novo(Eduardo), acredita que a única coisa que tem para si é a escrita, até que no final descobre que a surpresa que seu irmão trouxe era... Um romance que havia começado a escrever.
19 – 27: Palavrões? Somente em outra língua para continuar sendo uma mulher fina, me chame de Luisiana porque com dinheiro eu posso escolher meu nome... Dinheiro, coisas caras, mas nada compra a juventude, poderia fazer mil plásticas continuaria velha, um velho que me banca e um jovem que me dá o gozo mas cadê o meu homem que tocava saxofone? “Se me ama mesmo faz isso faz aquilo, se me ama mesmo se mate..”
27 – 35: Tatisa e Lu se arrumavam para o carnaval, Tatisa implorava a todo tempo para que sua empregada (Lu) ficasse mais tempo hoje mas ela não perderia o desfile dessa vez de jeito nenhum. Será que seu pai vai ficar bem? Lu disse que ele ia morrer hoje... Que calor dos infernos, a maquiagem verde derreteu? Cola as lantejoulas na roupa de qualquer jeito ninguém vai perceber mesmo. Lu! Espera, e rolaram as lantejoulas atrás da jovem.
35 – 42: Um homem meio diferente... Seus parentes olhavam-lhe meio estranho quando criança, mas ele cresceu e se casou com uma mulher incrível! Tão incrível que fugir seria ótimo.. Fernanda o nome dela, tiveram uma filha também, Gisela. Uma mulher tão compreensiva, ótima cozinheira, tão chique, mas se fosse só um postal não faria perguntas nem nada do tipo “Essa era a minha esposa” e se quisesse só rasgaria o postal e jogaria no mar.
42 – 51: Tomás e Lavínia são casados estão em um dia comum, ela está se arrumando para uma reunião, belíssima, com o mesmo vestido preto que usou antes do seu casamento a dez anos atrás, nesse tempo Roberto estava presente e hoje estará também. Tomás observa sua mulher arrumando-se calmamente “É hoje que perderei minha mulher para o Roberto, podia ficar comigo pelo menos enquanto estou vivo”.. Chegou até a esconder o colar de perolas falsas tão importante para Lavínia mas acabou entregando ele para ela antes que ela se afastasse de casa, seria tudo paranoia sua?
51 – 57: As folhas todas têm nomes em latim. Vivia a menina, sua mãe, sua tia e o botânico com seu herbário, ela decidiu ajuda-lo e saia para buscar diversas folhas para o homem já que ele não tinha mais condições de ficar fazendo isso, estaria doente? Não sabiam, era muito intimo, sua tia havia lido na mão do homem que uma mulher de cabelos cor de bronze viria busca-lo no final de semana. A menina não acreditava mas encontrou para ele uma folha em formato de coração, a qual ele espetou no suéter. Quando chegou o final de semana a mulher realmente apareceu, então por fim, a menina o entregou uma folha em formato de foice.
57 – 62: Ela encontrou com o rapaz pela primeira vez no baile de primavera, descobriu onde Antenor trabalhava e chegou a ir lá, deixou seu telefone mas ele não ligava... Conseguiu o número da oficina que ele trabalhava e ligava insistentemente, fez até seu amigo Roni ligar, mas o menino já estava comprometido com outra. Chegou a beber soda caustica, escreveu várias cartas para ele, por fim, ele acabou se casando com outra e ela com Gilvan que ficou do seu lado durante a recuperação depois de ter bebido soda caustica... Mas no casamento de sua caçula pediu que uma cigana olhasse seu futuro pelas cartas, e bem, ia aparecer um homem que mudaria sua vida.
63 – 74: Vários políticos reunidos para o sétimo seminário dos ratos, o povo quer saber, como vão se livrar de tantos ratos? Gatos? Os que tinham foram comidos pelo próprio povo... Estavam reunidos em uma casa no campo longe de toda a loucura que estava na cidade por causa dos ratos, cada um em seu devido quarto até que o responsável por reunir todos escuta um barulho estranho e decide verificar na cozinha. O cozinheiro já sem paciência nenhuma estava deixando tudo para trás e voltando para a cidade, a pé mesmo, o motivo? Os ratos! Haviam comido tudo que tinha na cozinha, inclusivo roído o fio dos carros e da casa, por isso os telefones não funcionavam e os carros não ligavam...
74 – 105: Leontina está presa. Infancia difícil, vivia com sua mãe, sua irmã Luzia e seu primo Pedro, sua mãe trabalhava demais, a irmã vivia catando minhoca e seu primo vivia enterrado nos livros, ia virar médico para poder tirar todos dessa miséria, era o que dizia. A pobrezinha acreditava, um dia sua cachorra sumiu, havia morrido na estrada, uns tempos depois sua mãe fez a mesma coisa, e sua irmã? Bem, a deixou sozinha para ir na formatura de Pedro porque ele tinha vergonha dela, mas sozinha ela acabou se afogando na lagoa ali perto... Ele foi para a cidade trabalhar mas não levou a menina junto, disse que traria mais tarde, ela ficou trabalhando na casa de uma senhora que a não deixava em paz até que um dia cansou e foi para a cidade.
            Na cidade conheceu logo Rogerio que ficou com ela por um tempo, mas desde já ele avisava que ele não era para casar que um dia ia dar na telha e ia embora, esse dia chegou e a coitada ficou desolada mas seguiu vivendo, teve outros amores, acabou conhecendo sua amiga Rubi que lhe apresentou o trabalho no salão de dançar com os caras, era cansativo mas dava para viver. O sapato gastava né, Leontina precisava comprar outro mas parou na frente de uma vitrine com um vestido e um velho viu e perguntou se ela queria o bendito vestido, não era boba nem nada disse que sim...
            Depois de comprado o vestido o velho levou a menina para um lugar mais afastado e queria agarra-la mas ela não estava confortável e mesmo querendo “pagar” pelo vestido acabava recuando as vezes, sem paciência acabou metendo ela para fora do carro e mandou voltar a pé mas que deixasse a plumagem, ela ficou desesperada porque tinha esquecido seu vestido velho na loja “Não posso voltar pelada, me prendem.”, mas o velho não dava a mínima, ainda deu-lhe umas bofetadas pela insistência, Leontina achou que ia morrer, achou um ferro e deu na cabeça do velho, ele morreu? Saiu correndo sem ver. E agora? Uns 15 anos na prisão, o maldito era rico.
105 – 112: É noite de natal. O jovem lê na sala, estão dormindo nessa casa? Não, os mais novos conversam baixinho para não acordar os mais velhos e os mesmos fingem que dormem com medo de morrer. Evite a tabua que range no corredor. Ela está tão bonita com esse roupão e as sandálias, o vizinho logo vai chamar na janela, mas já? Se formos agora talvez cheguemos com um pouco de atraso.
113 – 117: Ela e ele brincavam com bolhas de sabão mas o rapaz estava mais interessado em estudar a estrutura das bolhas de sabão. Encontraram-se uns anos mais tarde, o mesmo já estava casado, sua mulher ficara com ciúmes? Talvez, apareceu uma dor de cabeça do nada, mas tudo bem se viam outro dia. Encontrou-os em um museu, ouviu falar que ele estava muito doente, mas o que ele tinha? Foi fazer uma visita, uma casa extremamente cheirosa mas com poucos livros, a mulher fez uma pausa para ir na casa de sua mãe, ao lado, eu tenho certeza que ele vai morrer.
117 – 121: A loja de antiguidades estava cheia de poeira e traças, mas o que lhe interessava eram as peças de tapeçaria, eu seria o caçador? Mas eu odeio caças. A velha não parava de dizer que os buracos eram das traças e o que sustentava a peça era a poeira, provavelmente quando tirasse dali se desmontaria toda. Saio da loja, volto e encaro e vitrine, vou embora. Tenho pesadelos e acordo de madrugada para secar o suor do rosto confundido com sangue. Retornou a loja no outro dia, “você sabe o caminho..” Tentou ainda agarrar-se à tapeçaria. E rolou encolhido, as mãos apertando o coração.
122 – 128: Duas irmãs, uma cursava direito a outra medicina estavam indo ficar na casa de uma velha, era o lugar mais barato que tinha, o quarto era apertadíssimo e ficava no sótão, a mulher disse que o antigo inquilino tinha uma caixa de ossos de anão e que havia deixado para trás se elas quisessem podiam ficar com ela. Toda noite apareciam formigas e iam em direção ao caixotinho de ossos e não voltavam de lá, quando se deram conta as formigas estavam montando o anão.
            Na última noite o anão estava quase completo a irmã que cursava medicina acordou a outra as pressas “Vamos embora antes que a bruxa acorde, o anão está quase completo e elas montam ele depressa”, saíram correndo de lá, havia sido o gato da bruxa que miou longo ou um grito?
128 – 141: Laura estava com Fernando abastecendo o carro, sem nenhuma luz, ele pedia ironicamente a lanterna, será que o jantar vai ser bom? Se não for vou virar a mesa, queria comer peixe. Dona Ifigênia reclamava que não a levei para viajar, tinha feito até desistir da passagem do ônibus, minha irmã Ducha havia lhe prometido dar um espelho grande em troca do suéter amarelo, ainda não levei o espelho, e na noite passada roubei a torre do avô no jogo, além do noivo Rodrigo da minha prima... Rodrigo viria hoje? Ele não estava internado depois que tentou se matar? Já estava melhor sim, viria se desculpar por tudo. Laura, chegamos! Foi tudo imaginação? Não passei pelos galhos secos prendendo na minha roupa enquanto deixava Fernando para trás como já queria a tanto tempo?
141 – 146: Um jovem parou em um hotel dominado por velhos, há muito tempo era um hotel mais jovial, porém aos poucos passou a ter apenas hospedes idosos. O porteiro tentou convence-lo de que não era uma boa ideia, em alguns quilômetros ele encontraria outro hotel com um ar muito mais jovial, mas ele não tinha interesse queria ficar exatamente naquele lugar a não ser que tivesse alguma clausula que o impedisse de ficar ali. Instalou-se no segundo andar onde não havia muitos hospedes por causa da escada, usou a piscina que os velhos mal usavam, no jantar colocou bastante sal na comida já que ela vinha com pouco devido aos moradores locais... Mas depois do chá mais tarde ele já não se sentia bem.
146 – 153: Quando o homem se viu estava em um jardim, musgo, figueiras, folhas, uma estatua danificada de uma menina... Mas como tinha ido parar lá? Estava tão acostumado com a rotina do escritório todos os dias, todos os caminhos davam em uma escada. Quando se deu conta acordou apertando o travesseiro contra o peito, sua mulher estava ali acordando, tudo normal como em todos os dias, teria sido um sinal da morte? Levantou, decidiu não fumar, olhou-se no espelho, estava mais magro? Cumprimentou seu filho, todos estavam iguais, menos o cachorro  que o recebeu calorosamente como se soubesse que algo estava para acontecer.
            Foi para o seu carro, tentou por diversas vezes dar partida mas não funcionava, estava no jardim novamente? Pois bem, se havia saído do jardim acordado agora deveria sair dormindo, mas seria tão fácil assim? Sentiu um toque no ombro, Voltou-se.

Até a próxima!

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sábado, 11 de agosto de 2018

Dominância


Talvez eu tenha um certo desejo de posse, ficar por cima, tirar vantagem… Mas quem não tem?
Você vai me dizer que gosta de abaixar a cabeça e escutar?
Você pode me dizer que no sexo gosta de ser 100% submisso, mas na
sua vida você precisa ser o dominante seja submisso pelo prazer mas não abra
mão do gostinho de poder, não finja que não gosta, me prove se for capaz.

Tu tens o controle ou nem sabe que porra está fazendo da vida? A
academia tá paga mas é o pó que vai fazer por ti? Olha no meu olho e me diz que
vai começar amanhã aquele tão sonhado projeto que não saiu do papel faz 6
meses. Concordando porque quer ou não sabe dizer não?

Eu não quero crias submissas, quantas oportunidades  tu vai
ter que perder para acordar? Eu quero experiências, chega em mim e fala que
quebrou a cara fazendo mas não chega de mãos vazias, eu quero iniciativa. Mas
eu também quero essa mão bem baixinha porque no meu espaço mando eu, te aplaudo
de pé mas não tente roubar o meu controle.

Engole essa porra e acorda, você está vivo.

Até a próxima!



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