É um
livro pesado. Essa tinha de ser a primeira frase desse texto, eu gostei muito
dele e na verdade foi meu entretenimento quando fiquei uns dias sem luz o que
contribuiu para eu ler ele quase todo de uma vez. Eu lembro que eu tinha
colocado ele nos meus “Desejados” depois de ler uma lista de livros que você
deveria ler que tinha uma breve descrição sobre eles, obrigada a quem fez
porque eu não lembro, mas realmente foi uma recomendação muito boa.
O
universo do livro é uma distopia, pessoas que cometem crimes são transformadas
em “cromos” possuindo suas peles tingidas de uma cor só de acordo com o seu
crime, ficam 30 dias presos em uma sala coberta por espelhos enquanto são
transmitidos na TV 24 horas por dia, após esse show de horrores são liberados a
própria sorte e precisam ficar renovando seu “tingimento” depois de alguns
meses até o fim de sua pena. Hannah é nossa personagem principal, uma religiosa
com algumas duvidas que são reprimidas dentro de si, cresceu com sua irmã Becca
que funcionava como um espécime de “freio” quando Hannah começava a aborrecer
seus pais com perguntas Becca a beliscava para ela entender, seu pai é um pouco
mais compreensivo mas sua mãe não aceita que passem dos limites, é
inadmissível. O livro começa de verdade quando Hannah se envolve com o
reverendo Aidan Dale e depois de alguns encontros acaba engravidando, não
poderia levar essa vergonha para todos e decide ir a uma clinica clandestina de
abortos, é um medico que foi recomendado por alguém em um lugar distante, realmente
delicado, mas Hannah acaba sendo pega enquanto sai, se recusa a dar o nome de
Aidan e de quem fez o procedimento e então é condenada a 16 anos e tingida de
vermelho.
A partir daqui pode ser considerado spoiler
Acontecem
mais coisas nesse livro do que eu achei que aconteceria, o que é bom porque me
surpreendeu. Toda a evolução da nossa protagonista dentro de si lutando por se
sentir extremamente culpada por ter “matado” sua filha que achou que nunca
poderia ser feliz dando a luz e vivendo ao lado do seu amor Dale porque ele já
era casado. O tempo de horror que ela passou em um lugar para ser “perdoada”,
mas que foi extremamente perturbador ter de criar uma boneca para representar
sua filha e falar com ela como se ela fosse real, ninguém merece isso. A única
coisa boa que esse centro trouxe foi uma amiga para ela: Kayla, a quem ela
defendeu até o fim para não ficar completamente sozinha. Serem levadas pelos
Novembristas antes de quase serem mortas pelo Punho, uma sensação de angustia
de se estavam em segurança ou não, se ia dar tudo certo ou apenas estavam enganando-as
para algo pior ainda, que no meio do caminho, sim, quase foram vendidas para
serem estupradas e no pior dos cenários com a utilização de uma droga que você
obedece sem poder discordar, suplicando para ser estuprada. Depois de todo esse
terror psicológico conseguir entrar em contato com Dale e explicar que nunca
poderia ficar com ele indo para onde ela estava a caminho de poder ter uma vida
nova, uma última transa de despedida em um chão de madeira... Hannah chega em
seu destino final em um país onde a pratica de cromagem não é aceita e sim
revertida e assim pode voltar a viver novamente.
Até a próxima!
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