sábado, 29 de agosto de 2015

"Você é um menino?"

Fala aí pessoas, alienígenas o que forem!
 Hoje decidi escrever sobre um tema muito recorrente na minha vida, que provavelmente ainda vai ser durante muito tempo.
 Apesar de ser muito mais recorrente hoje em dia pela forma que me visto, não foi sempre assim. Quem dera que fosse. Quem dera que eu não convivesse com isso desde muito tempo.



 Desde que eu me dou por gente eu já recebia perguntas e comentários inocentes e maldosos: "Você é um garoto?", "Ele (...)", "Você gosta de gurias?", "Deixa de ser macho", "Isso é coisa de garoto", entre outros.
 Hoje em dia eu sei lidar mas, e uma criança em processo de formação?, você não pode simplesmente virar para ela e falar que ela não deve ligar, ela vai ligar. E isto vai atormenta-la.

 Creio eu, que desde a minha infância eu tenho plena consciência da minha sexualidade, apesar de não saber na época que existiam preconceitos quanto a isso e que EXISTE um nome para designar, já que para mim, sempre foi completamente normal.

 Já ouvi mães falando para suas filhas quando passavam por mim "É assim que você não deve ficar".
 Como já ouvi mães corrigirem seus filhos quando os mesmos me confundiam com um garoto.
 Eu não culpo as crianças, eu culpo a educação que receberam de seus pais.



 Os comentários eram um pouco menos frequentes antes de eu cortar o cabelo, mas já existiam. Depois que cortei, os comentários se intensificaram e muito. 
 Mas certa vez ouvi de meu pai "Quem é diferente, com seu estilo próprio, vai incomodar pessoas vazias"





Olá, me chamo Gabriela, não, eu não sou um garoto e não pretendo ser, não sou lésbica, mas sim sou bissexual e tenho plena consciência disso desde que me dou por gente e descarto totalmente seus comentários preconceituosos hoje em dia. Ah, e não, você não pode me chamar de garoto "brincando" se você não for meu amigo, pois, você não tem intimidade comigo para nada.



Texto em áudio:




Até a próxima!
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